segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eu queria, mais que qualquer outra coisa, conseguir gostar de alguém como eu gostei de você. Parar de, durante as bobeiras e falhas do dia, pensa: “ela não faria isso, ela não falaria isso, ela não iria preferir isso. Sinto como se eu estivesse impedindo que a pessoa que esta comigo conheça o meu melhor, aproveite todo amor que eu consiga dar, mas é que, há três anos eu não consigo ser de ninguém... mas, definitivamente, isso precisa de um fim, mas se tratando de sentimento, não é possível definir quando algo terá ou não fim, mas eu cansei, de pensar em você, de não ter forças pra voltar pra você, de não ser inteira e não me esforçar pra amar alguém que me faz tão bem. Foi, definitivamente acabou nosso tempo, foram anos lindos cultivando esse amor, foram noites perfeitas olhando nossas fotos e desejando ter coragem de me permitir viver tudo de novo, mas acabou, terminaram as possibilidades de eu finalmente te dizer sim, se encerrou a fase em que talvez eu te procuraria.


As nossas fotos ainda estão aqui e a tatuagem ainda vai sair do papel. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

 “É você e vai ser sempre você. Eu já disse isso outras vezes e não consigo deixar de pensar em como essa frase martela na minha cabeça. Já falei sobre independência e sobre como eu não preciso de você pra nada. Já falei sobre deixar você ir embora e sofrer uma, duas, trinta vezes e mais um pouco toda vez que abrisse a porta e desse de cara com esse seu sorriso de quem ainda tem esperanças de que eu largue esse modo de ser e entenda tudo isso. É você e vai ser sempre você. Mesmo que seja teimosia minha e eu te reinvente a cada dois minutos dizendo pra mim mesma que você não é nada que eu sempre quis e conte pros outros uma versão diferente de nós. Eu te defendo sempre que meus amigos me dizem que é loucura. Que você me faz mal. Que você me descompleta. Como é que eu vou deixar que falem mal de você na minha frente mesmo que eu esteja te odiando com todas as forças que eu nunca sonhei em ter? Só eu posso reclamar da nossa descontinuação. Só eu posso reclamar dessas invenções de vocabulário que a gente sempre faz tentando expressar isso tudo com palavras que não existem. E por onde você anda? Ouvi dizer que se sentiu perdida, mas também achou melhor não me ter mais por perto. Ouvi dizer que é perda de tempo ficar esse tempo todo pensando sobre como a gente consegue gostar uma da outra e cismar em se perder por aí. Mas a gente se esbarra, eu sei. Um dia a gente se encontra de novo. Seja aqui ou em marte, no céu ou no inferno. Depende da tua religião ou da tua forma de me querer de volta. Um dia eu te provoco mais um pouco e te estrago só mais um pouquinho de um jeito que só eu sei fazer. Um dia a gente se põe lado a lado pra reclamar da vida e acender um cigarro barato pelas ruas dessa cidade. Um dia você esquece o guarda-chuva de novo e eu te dou cobertura, abrigo e um pouco de mim de novo. Um dia desses, quem sabe, a gente não precise se despedir. Vão nos chamar de loucas e desvairadas. Mas nós somos jovens... É você e vai ser sempre você. E talvez isso não seja tão ruim assim”.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Felícia

Lembro facilmente, como se fosse hoje, o dia que sua irmã me disse: “já pensou você sendo minha cunhada? Seria lindo”, e eu, boba que sou, gargalhei dessa possibilidade e nem a sua foto quis ver. Vi uma moça de vestido e all star estacionando o carro no prédio e pensei “ca-ram-ba, que vizinha “. E pelos próximos dias os nossos encontros na portaria e nos corredores se tornaram frequentes, começaram surgir os sorrisos e os “olás”. “Tha, desce aqui em casa, eu e minha irmã estamos fazendo torta de palmito!”. Me arrumei, um vestido simples, duas borrifadas de perfume, cabelo parcialmente preso, um brinco e um colar. Desci, toquei a campainha , abri a porta e dei de cara com você sentada no sofá, de jeans e sapatilha, com um tiara no cabelo, jogando super mario e escutando Tiê. E eu, de novo, me vi pensando, “ca-ram-ba, que vizinha” e ... o melhor, irmã da minha  amiga. Aquela noite foi só o começo – um começo que terminou no dia seguinte, mas começo. Comemos nossa torta, jogamos vídeo game, tomamos nossa cerveja e falamos sobre a vida. Em poucas horas eu já estava encantada. No dia seguinte a noite das meninas foi em casa, tomando cerveja e vendo um filme bobo na tv. O primeiro beijo e o primeiro sorriso depois do beijo, e eu que sempre fui intensa, me vi dividindo a partir de então não só os beijos e os sorrisos, mas as preocupações acadêmicas, as roupas, a cama e os sonhos. Você me surgiu como uma possibilidade de amar, a melhor desde então.
Hoje o dia é seu, e como eu já disse diversas vezes, até mesmo no bilhete que recebeu com as flores hoje pela manhã, eu sou sortuda pra caramba por ter a possibilidade de te conhecer um pouquinho mais a cada dia, e fico muito, muito triste por saber que daqui poucas semanas você irá realizar o seu sonho e a nossa rotina ficará pra trás Se joga na vida, porque o mundo já percebeu do você é capaz. Espalha essa doçura e delicadeza por todo lugar que passar. Felicidade você merece como ninguém, mas também já a tem tanto. Seu sorriso cheio de vida, suas gargalhadas de desespero, seu jeitinho de me deixar feliz mesmo me deixando dormir quatro horas por noite... vão me fazer tanta falta.
Parabéns, minha gatinha... que você tenha outros 19 anos tão lindos e cheio de vida como esses, que a sua rotina seja recheada de gente linda e amigos de verdade. Eu aprendi aos pouquinhos te amar, graças a você consegui tirar meu coração da caixinha e alimenta-lo diariamente com coisas boas, foi você que me fez sorrir feito boba enquanto estudava deitada na minha cama, você, com esse sorriso largo, esse jeito doce e meigo, e esse olhar desafiador que me fez recuperar a fé no amor, devo a você os meus sorrisos, as suspiradas de felicidade ao acordar pela manhã e te ver dormindo agarrada em mim, os melhores jantares recheados de milho, palmito e brócolis, as noites de vinhos e chocolate que me fizeram tão feliz. Aqui, no meu coração, sentimento e cabeça, você cumpriu com existo a sua missão.  

Parabéns, amor. Obrigada pela mão estendida, pelo colo, pelo ciúme controlado, pelo silêncio e por me amar. 

domingo, 30 de setembro de 2012

Um sms inesperado, um susto ao olhar no visor do celular. Desculpe minha grosseria, mas não tenho mais força para acreditar que um dia ainda ficaremos juntas, teremos nossa casa, nossa filha e uma rotina juntas. Estou há quase 5 meses em um relacionamento com uma princesa, cabelo delicado, olhar apaixonante... toques e beijos de me fazer acreditar que ainda irei amá-la.
Ultimamente nada tem me deixado tão feliz quanto acordar às seis da manhã para tomarmos café juntas, andar de mãos dadas pela rua, tomar nosso vinho à noite enquanto conversamos das coisas bobas da vida, prometer diariamente que “vamos dormir antes das três horas”... nos matamos de estudar e ainda achamos tempo para uma surpresinha boba durante o dia, aquele sms com um coração quando não se espera, uma frase da nossa música ou então um sorriso por cima do livro.
Menina, sonhadora, obrigada por ter resgatado a minha fé na vida, obrigada por me mostrar que existe vida até nas coisas mais esquecidas... eu ainda vou te amar como me ama, eu ainda vou conseguir ser toda sua, assim como você me é. Você é o pedacinho de felicidade (e delicadeza) que faltava em mim.


domingo, 1 de abril de 2012

BEIJA FLOR

Desde que eu sou criança eu gosto de coisas novas, bem cuidadas, que ninguém tenha mexido. Foi exatamente assim com você. Você, linda, não havia namorado uma mulher, não haviam mudado as suas mania, você estava intacta, pra mim. Eu já havia saído de duas desilusões amorosas, já havia sofrido pra burro quando te conheci e sem perceber depositei em você a obrigação de me fazer feliz. Você, sem nem saber de toda essa minha esperança, conseguiu como ninguém me conquistar, me fazer querer ser melhor e planejar uma vida junto. Eu me vi inteira, pronta pra viver o maior amor da minha vida. Passava horas te escrevendo cartas, recortando e colando declarações, decorando os seus poemas preferidos. Passava horas deitada na cama só te olhando dormir, sentada em uma mesa de bar e tentando entender como você poderia deixar tudo de lado e viver tão inteira pra mim? Foi com você que eu aprendi a não dar desculpas e nem me desculpar pelo o que sou, com você eu aprendi que eu não precisava ter várias mulheres para ser feliz, eu tinha nas minhas mãos a única que me faria feliz. Foi (e será) o amor da minha vida, a que eu penso quando falam em marcar a vida, a que ninguém jamais irá substituir. O que me coloca um sorriso nos lábios é saber que tivemos um relacionamento puro, cheio de ciúme e gente querendo atrapalhar, mas de sentimentos puros. Acho que pelo resto dos meus dias verei o seu olhar nas esquinas, irei pensar em você quando me vier a vontade de matar um inseto, e mesmo sabendo que eu te fiz sofrer, queria que soubesse que ninguém irá te substituir, ninguém irá me tocar como você. Foi você a protagonista da história mais linda da minha vida, é você o motivo dos meus sorrisos ao ouvir Cazuza, Paralamas do Sucesso ou qualquer outra música que embalava as nossas tardes com cerveja na mão e sorriso no lábio. Qualquer outra pessoa que surja na minha vida é uma chance de ter amor, porque com o amor da minha vida eu já vivi. 
(E desde então, primeiro de abril, no meu calendário, é dia da verdade.)


“que coincidência é o amor, a nossa música nunca mais tocou” 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O celular toca, é uma sms sua me contando o que tem acontecido e como você passou suas ultimas horas, quem imaginou que um dia seria assim? Eu, que te olhava de longe, procurava saber coisas sobre você e que morria de medo de você perceber, hoje vivo na ansiedade de um “sinal de vida” seu.
A minha vontade é contar pra você que depois que você falou comigo a primeira vez, Chico Buarque, Nando Reis e Beatles estão no meu player o tempo todo. Voltei frequentar os lugares que eu mais gostava, assistir filmes românticos e me libertei daquele mundo que por um tempo foi só meu, e que agora parece ser só nosso, mesmo quando acho que isso tem tudo pra dar errado.
Queria contar pra você, que nem os textos mais bem escritos do Gabito Nunes, ou as lindas músicas da Adriana Calcanhoto, conseguem descrever a sensação deliciosa que sinto quando o meu pé esta junto ao seu, ou a maravilha que é, deixar de lado uma noite aproveitando as delicias que a cidade me oferece pra me acomodar em você.
Mas, vou confessar, quando fecho os olhos é a sua imagem que eu vejo, você passando atrás da orelha o cabelo que insiste em cair nos seus olhos,você não gosta, faz cócegas. O seu jeito de ficar sem graça quando alguém comenta a sua beleza. Com olhos abertos, quando você se distrai, fico medindo você, tentando entender seus gestos, olhando cada curva do seu sorriso e o movimento dos seus cílios, procurando – e sempre achando – mais uma justificativa pra amar você.
Não existe um dia se quer, que eu fique sem desejar as nossas tardes ao som de Roberta Sá, com a mão entrelaçada a sua. Ou desejando terminar a noite vendo um drama, abraçada com você, me encaixando no seu braço e ficando confortável no seu moletom.
Enquanto ouço aquela musica melosa do Bob Dylan, sozinha na varanda, tomando uma Heineken, meus pensamentos disléxicos estão em ti, na curiosidade de saber se você, assim como eu, pretende viver por mais tantas noites essa ansiedade de se perder em mim e viver comigo um conto qualquer da Clarisse Lispector

texto de junho/2010

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Várias vezes durante os meus dias ouço ou leio “ela te ama e morre por você, volta pra ela, por favor”. E outras várias vezes perco horas, principalmente de sono, pensando em como posso amar tanto e não ter força alguma para voltar, como posso ser tão louca de amor e não conseguir viver mais junto? As horas junto com o amor da minha vida sempre foram as mais lindas. Fazendo batata frita, comendo nutella com paçoca, andando pela cidade, tomando uma cerveja na areia da praia, subindo um morro de Campos o Jordão, ou até mesmo acordada a noite toda falando sobre as banalidades da vida.

E se eu voltasse, continuaríamos essa história ou começaríamos uma nova? Tantos amigos deixados para trás, tantas histórias nunca mais comentadas, apenas para não magoar alguém que faz tudo pelo seu sorriso. Descobri que, o que me faz ficar onde estou, não querer voltar para aquele amor, não é o orgulho... é o medo de encontrar uma pessoa diferente, de não me adaptar as novas manias e simplesmente machuca-la mais ainda. Prefiro permanecer aqui, cultivar minhas paixões momentâneas e ainda sonhar com uma nova possibilidade de amar. 

sábado, 7 de janeiro de 2012

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É um novo ano, é uma chance de recomeçar. Nenhum ano havia sito tão difícil, sentimentalmente falando, e nem tão lindo, amigavelmente falando, quanto o que terminou. Desafiei os meus pais e mudei de curso na universidade, mas me deixei levar pelo orgulho (e pelo “caralho, eu sou forte, isso não vai me abalar”) e deixei o amor da minha vida passar.
Foram horas acordada, rolando na cama, olhando fotos, escondendo no fundo do armário os presentes e lacrando caixas pra não ter muito a vista nada que me remetesse a ela. Junto com as cartas, os bilhetes, as fotos, as músicas e os presentes, queria guardar, naquela caixinha, o meu coração, ele só pertence a ela.
Eu sempre achei, e ainda acho, que amores lindos como esse não deveriam acabar... e em pouco tempo longe descobri que não acaba. Acredito que durante os anos encontramos um único “amor pra toda vida” e talvez algumas outras possibilidades de amar.
É estranho pensar que vou começando o meu ano com esse texto sobre amor e perda, mas foram os pensamentos que me guiaram por esses sete dias do ano e me levaram a ter vontade de escrever, porque sem ela, me falta inspiração, sem ela me falta motivo, não tem mais aquela sms feliz de quem recebeu um texto apaixonado, ou aquele sorriso sincero de menina-moça que ficou vidrada em alguma frase... acabaram os motivos.  Mas surgiu vontade – e coragem – e aqui estou eu, recomeçando, pois o “mofo” que esta hospedado em outro link será sempre dedicado a ela... bê.